Empréstimo com garantia de imóvel vale a pena?

Você contraiu um empréstimo imobiliário e deseja melhorar as condições de pagamento? Veja como a garantia de empréstimo funciona e em que casos ela pode ser vantajosa!

Conseguir um empréstimo imobiliário é um processo que exige energia, dinheiro e preparação. Além de estudar as condições de cada instituição, você deve calcular todos os encargos envolvidos e conciliá-los com a sua situação financeira.

Um dos principais desafios sobre buscar um financiamento imobiliário é a capacidade de assumir um compromisso financeiro dessa magnitude e duração — um empréstimo desse tipo costuma durar, pelo menos, alguns anos, o que exige disciplina e habilidade de manter reservas financeiras.

Uma alternativa para quem deseja reduzir o custo do crédito e estender os prazos para quitá-lo é oferecer um imóvel como garantia do financiamento. Você sabe como esse processo funciona? Veja mais a seguir!

O que é?

Um empréstimo pode ajudar você a realizar projetos como comprar uma casa, viajar ou pagar um curso. Contudo, tão importante quanto o valor e a duração dele é o momento em que ele é solicitado. A pessoa que busca esse tipo de empréstimo deve calcular os riscos e manter uma reserva financeira, pois se trata de um investimento alto e duradouro.

Quem busca melhorar as condições de um financiamento imobiliário pode oferecer um imóvel ou até um automóvel com garantia de pagamento. Na prática, isso significa que, se o solicitante não pagar o financiamento totalmente, o imóvel dado como garantia será tomado pela instituição que concedeu o financiamento.

Essa operação é denominada alienação fiduciária e implica que o solicitante do empréstimo perca o direito de uso daquele bem (imóvel ou automóvel) se não concluir o pagamento das parcelas.

Com isso, as condições do empréstimo podem ser melhoradas (valor reduzido de parcelas e maior duração do período máximo para o financiamento ser quitado), já que a instituição diminui o risco de levar um calote.

Vale a pena?

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Além da taxa de juros e do custo efetivo total (CET), é essencial analisar o bem que você está dando como garantia: ele é bastante utilizado por você e sua família? Quais serão os impactos sobre a vida de cada integrante caso esse bem seja perdido? Há possibilidades de recuperar esse bem futuramente? Ele tem um valor emocional muito importante?

É essencial lembrar que essa alienação também exige algumas condições, como o imóvel estar em boas condições, o solicitante estar com o nome limpo, e o imóvel ser aprovado na avaliação física e jurídica.

Condições do documento

Como qualquer outra operação financeira duradoura e de alto custo, os detalhes e as demais informações sobre um financiamento imobiliário devem constar no contrato do empréstimo.

Lembre-se de ler esse documento com cautela para não perder nenhum dado importante e ser surpreendido de forma negativa posteriormente. Nenhuma instituição de empréstimo pode solicitar recursos antecipadamente para a liberação do crédito.

No documento que descreve a alienação fiduciária, é inscrita uma cláusula impedindo que o imóvel seja transferido para outro titular que não o banco. Depois que o financiamento é totalmente quitado, essa cláusula é retirada, e o bem pode voltar a ser utilizado pelo dono.

Verifique isso com gerentes do seu banco para evitar fraudes e pesquise bem o histórico da instituição que pode te conceder o financiamento para ver se há processos e reclamações públicas de golpes. Antes de solicitar um empréstimo imobiliário, realize um bom planejamento financeiro, calculando quanto pode gastar por mês para pagar as parcelas. Tenha uma reserva financeira para possíveis imprevistos e evite assumir novas dívidas para não colocar a quitação do financiamento em risco.